Alterações nas fibras de colágeno e elastina dão origem às estrias, que surgem como bandas lineares e atróficas sobre a pele. Costumam aparecer no dorso, abdômen, nas coxas, nádegas e mamas. Elas são vermelhas, roxas ou brancas, podendo surgir durante a adolescência e gravidez. Também aparecem quando a pessoa ganha ou perde muito peso em um curto espaço de tempo.
“Na maioria das vezes, as estrias surgem em adolescentes, adultos e idosos como consequência do estiramento abrupto da pele. Isso pode ocorrer por conta de condições fisiológicas, como o crescimento e a gravidez; de situações patológicas, como a obesidade, a síndrome de Cushing e o Diabetes mellitus; ou ainda por causa de complicações de tratamentos médicos, sobretudo aqueles que envolvem o uso de corticoterapia prolongada. Até mesmo os cremes com corticosteróides de alta potência podem desencadeá-las”, explica Francisco Almeida, dermatologista e professor do curso de Medicina.
Mesmo não causando problemas de saúde, muitas pessoas procuram formas de amenizar a aparência das machas por questões estéticas. “Existem alguns tratamentos, mas nenhum garante que as estrias sumirão completamente, já que são uma condição degenerativa das estruturas da pele. As modalidades terapêuticas vão desde a indicação de cremes e loções com os ácidos retinóico, ascórbico e hialurônico na sua composição até procedimentos que envolvem o uso de tecnologias, como laser, luz intensa pulsada e a radiofrequência”.
“Os peelings químicos e o microagulhamento também são utilizados com resultados variáveis. Em casos mais graves e quando viável, pode ser indicado cirurgia plástica. É sempre importante consultar um dermatologista para receber a melhor orientação, pois as estrias são exemplos de condições que se tornam um alvo fácil para o charlatanismo, que pode resultar em complicações”, finaliza Francisco.
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