A moda é para todos e encontrar seu estilo é se respeitar já que a imagem que mostramos para o mundo determina a forma como ele irá nos tratar.

A moda acontece independentemente da percepção geral da sociedade. Quando você escolhe o que vestir, está naturalmente tomando um posicionamento diante do seu estilo e em consequência tomando certos conceitos da moda para sua forma de se mostrar ao mundo. Para a especialista em consultoria e stylist, Márcia Jorge, as roupas falam.

“É possível detectar o estado de humor, os momentos e as intenções de uma pessoa pela maneira como ela se veste. É uma forma de comunicação que acontece de dentro para fora e o inverso, pois ganha força e se confirma com toda e qualquer interação com o ambiente”.

Seguindo esta linha de pensamento, é possível analisar um dos pontos que marcam a troca entre o mercado da moda e a autoestima de seus consumidores. A possibilidade de cada pessoa tirar proveito próprio a partir da comunicação entre esses polos. “A imagem que passamos para o mundo, determina como ele nos tratará e isso promove milagres em nosso estado interno e na nossa autoestima”.

A moda é para todos, a não ser que alguém decida não mais usar roupas. Afinal de contas, não ligar para modismos não está necessariamente ligado a não se importa pela forma como se vestir.

No Brasil, “apesar de todas as dificuldades econômicas que vivemos nos últimos seis anos, a indústria da moda é uma das que mais cresce. Hoje é possível ter um negócio de moda com apenas um smartphone”. Ainda assim, o preconceito com a moda que costuma ser vista como algo supérfluo continua existindo, o que deveria ser visto como uma piada tendo como informação a movimentação de mais de R$180 bilhões que o mercado levanta anualmente. “O que acontece é que esse preconceito é muito comum em todas as áreas que contenham ligação com arte e criatividade”.

Sobre suas experiências mais marcante durante sua carreira profissional, Márcia relembra sobre o dia em que teve a oportunidade de assistir a modelo Gisele Bundchen participando de um ensaio fotográfico. “Pude constatar o que é ser a pessoa certa no lugar certo: profissionalismo, conhecimento e uma desenvoltura absolutamente fora do comum”.

Por este motivo, as referências são tão importantes e necessárias para se trabalhar com moda. E elas são infinitas, todas as pessoas, lugares, culturas, histórias, podem ser o ponto de partida para a criação de uma coleção ou tendência.

“Essa riqueza de possibilidades e reinvenções é o combustível que faz com que a maioria dos profissionais desta área sejam verdadeiramente apaixonados pelo o que fazem”. A autenticidade nos dias de hoje, onde os “influenciadores” dominam a cena: “Estamos em um momento em que autenticidade chega a ser um adjetivo raro, mas absolutamente possível. Encontrar seu estilo é uma maneira de se respeitar e fazer com que a moda trabalhe a seu favor, e não o contrário”.


Márcia Jorge, nascida em São Paulo, atua no segmento da moda há 20 anos. Assinou figurino de grandes campanhas de atacado e varejo e também editoriais de moda Brasil afora. Suas formações em Marketing e Psicologia, ambas pela Universidade Mackenzie foram passos essenciais para enriquecer ainda mais sua expertise em comportamento. Atua como Consultora de Moda, Palestrante e Stylist e sua maior realização é ver milhares de pessoas que já atendeu de bem com a própria imagem. Instagram – @marcita973

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