Fernanda Gonçalves de Carvalho Donato foi denunciada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pela morte do analista judiciário aposentado Carlos Jorge Rodrigues Jaber. De acordo com as investigações da 23ª Delegacia de Polícia (Méier), Fernanda conquistou a confiança e passou a frequentar o apartamento do vizinho.

O crime aconteceu no dia 29 de dezembro de 2021. A mulher injetou uma substância tóxica no braço esquerdo do homem, o que provocou um edema pulmonar e um infarto. De acordo com a polícia, Fernanda se aproximou de Carlos depois de ele ficar viúvo. As informações são do O Globo.

Uma câmera de segurança do condomínio registrou o momento em que a mulher levou uma cafeteira, celulares e notas de euro dentro de uma mala para o carro da vítima, que era um Onix 2020. Segundo a polícia, o valor total do roubo foi de R$ 103 mil.

Para deixar o condomínio, Fernanda se disfarçou com uma túnica larga e máscara contra a Covid-19. Em seguida, a mulher parou no estacionamento de uma farmácia próxima, tirou fotos do Onix e colocou o veículo à venda por meio das redes sociais. Poucas horas depois, ela conseguiu trocar o automóvel por um BMW ano 2005.

“Pudemos concluir que Fernanda se valeu da situação de vulnerabilidade da vítima para ganhar sua confiança e, assim, passar a frequentar sua residência. Já dentro do imóvel, conseguimos descobrir, por meio da perícia e da exumação do cadáver, que ela foi a responsável pela inoculação de substância tóxica na articulação entre o antebraço e o braço esquerdo de Carlos, o que o levou à morte”, relatou o delegado Deoclécio de Assis, titular da 23ª DP.

Foto: Divulgação Redes Sociais

Conforme as investigações, Fernanda passou a ameaçar a mulher com quem havia trocado de veículo. Ela afirmava que tinha parentesco com milicianos e bicheiros e, caso a mulher falasse qualquer coisa, a cidade de Saquarema iria virar um local de guerra.

Na semana passada, a 36ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio recebeu a denúncia contra Fernanda. Na sequência, ela teve a sua prisão preventiva decretada. Na delegacia, os advogados que representam Fernanda alegaram inocência. Como álibi, eles informaram que ela estava realizando alguns exames no momento do crime.

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