O pequeno Arthur, de apenas quatro anos, está desacordado há seis meses – dois deles em coma – com lesão cerebral grave, desde que se afogou em piscina em Iporá, no oeste de Goiás.

Em casa, o menino precisa de ajuda para tratamento complexo e de alto custo para restabelecer o funcionamento do cérebro.

A mãe de Arthur, a doméstica Karita Lorraine Rodrigues, de 26, e o trabalhador de serviços gerais Rafael Miranda Silva, de 30, levarão o filho nesta terça (11), para a última das 20 sessões de oxigenoterapia hiperbárica. O procedimento é realizado em câmara de ar, que aumenta em 20 vezes a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue.

“Como ainda não acordou, ele não tem diagnóstico certo, e não sabemos as sequelas”, diz a mãe, em entrevista ao Metrópoles.

Ainda segundo o site, depois da oxigenoterapia, que é coberta por plano de saúde em que é dependente do avô paterno, Arthur ainda necessitará de ao menos 100 sessões com estímulos elétricos e magnéticos destinados a restabelecer o cérebro. Cada uma delas custa, em média, R$ 600. Ele se afogou, em 2 de julho de 2021, na piscina da casa do então patrão da jovem, em Iporá, a 226 km de Goiânia.

“Não é fácil. De repente, a vida da gente mudou em tudo. A gente via o sorriso mais lindo do Arthur e hoje o vê neste estado. Uma hora a gente quer sair gritando, desesperado, achando que não vai dar certo, mas, no mesmo momento, vêm a fé, que Deus dá para a gente, e a confiança para correr atrás do tratamento”, diz a mãe.

https://youtu.be/C9xuJzMxhTE

A mãe conta que, no dia do acidente, o seu então patrão havia descoberto a piscina porque iria tomar banho com o filho dele à tarde. Ela disse que, depois do almoço, foi lavar a área da frente da casa com uma máquina de pressão, que faz barulho, e deixou Arthur brincando de carrinho, na sala, com o patrão. Em seguida, Karita sentiu falta do menino.

“Perguntei ao meu patrão onde estava Arthur, e ele disse que meu filho estava brincando com os cachorrinhos na cozinha. Fui atrás e não achei meu filho. Olhei para a piscina, aos fundos, e o Arthur estava boiando. Corri, pulei o pilar, puxei ele, mas já estava espumando a boca e o nariz. Na hora em que o vi desse jeito, gritei muito”, lembra. Médicos estimaram que ele ficou afogado por 15 minutos.

Karita relata, ainda, que ficou “em choque” e depois “paralisada” que não conseguia falar o endereço. “Na hora, meu patrão pegou meu filho nos braços. Liguei para os bombeiros, mas não conseguia falar nada por causa do desespero. Após dois minutos, saí, li a placa do endereço, e a equipe de resgate chegou rapidamente, porque ficava a quatro quarteirões”, diz.

Arthur foi reanimado em unidade de pronto atendimento (UPA) em Iporá. Em seguida, equipe do Corpo de Bombeiros o encaminhou, de helicóptero, para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, onde, segundo a família, ele ficou em coma na unidade de terapia intensiva (UTI) por dois meses. Depois, ficou mais um mês na enfermaria, antes de ser liberado para casa.

https://youtu.be/iRizt0Lnjq8
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