A família de um soldado norte-americado, veterano da Segunda Guerra Mundial, ficou indignada após atender a um pedido do homem, mas percebeu que a atitude virou um completo “show”.
Segundo as informações, David Saunders, falecido aos 98 anos em Baker, Louisiana (EUA), queria que seu corpo fosse doado à ciência, e assim a família fez. Uma instituição de estudo e pesquisa ficou responsável pelo cadáver.
No entanto, o corpo que deveria servir para estudo, foi vendido para uma empresa que realizou uma “autópsia-show”. Os ingressos para o “evento” foram, inclusive, vendidos pela internet.
Quem quisesse acompanhar virtualmente a dissecação teria que pagar por tíquetes no valor de US$ 100. Mas se quisesse ver tudo ao vivo, o preço era de U$ 500 – o equivalente a R$ 2.750 mil. Cerca de 70 pessoas acompanharam o evento.
O corpo do soldado foi dissecado no mês passado, supostamente sem a autorização da família. “Tenho toda a papelada que diz que seu corpo seria usado para a ciência. Não há nada sobre a comercialização de sua morte”, afirmou a viúva à imprensa. “Foi horrível e antiético”.
De acordo com a emissora norte-americana NBC 29 , a empresa Death Science afirmou não ter informação sobre o homem ou o corpo dissecado publicamente. O cadáver foi inicialmente doado à Med Ed Labs, de Las Vegas (EUA). Em resposta ao jornal, a Death Science enfatizou que seu contrato com a instituição certifica que “o cadáver fornecido foi doado para fins de pesquisa, medicina e educação”.
Ao público, o consultor da empresa, Jeremy Ciliberto, reforçou o caráter científico da “autópsia-show”. “Meu objetivo era criar uma experiência educacional para pessoas que têm interesse em aprender mais sobre a anatomia humana”, reiterou.
A Death Science pagou mais de US$ 10 mil pelo cadáver. Quanto à Med Ed Labs, que afirmou não saber que ingressos seriam vendidos, forneceu o cadáver, o anatomista, as ferramentas e os equipamentos para o procedimento.
Com informações do Estado de Minas
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