Uma mulher foi presa pelo crime de extorsão a um padre, de 50 anos, pertencente à Diocese de Catanduva (SP), após flagrar algumas conversas íntimas do marido com o religioso. O caso foi denunciado em setembro deste ano.
De acordo com a reportagem da TV Tem, a investigação apontou que a mulher começou a exigir dinheiro do padre em junho, e ele pagou R$ 3 mil pelo silêncio dela. Contudo, a prática continuou ao longo dos meses, até que em setembro ela pediu mais de R$ 20 mil para que as conversas continuassem em sigilo.
“A princípio ela exigia que a vítima [padre] passasse um Pix de tal valor a ela, mas como a vítima disse que não possuía tal recurso de transferência, ela disse, via WhatsApp, que pegaria o dinheiro direto com a vítima”, consta no boletim de ocorrência.
Sem recursos para continuar mantendo os pagamentos à mulher, o padre denunciou o caso de extorsão à polícia, que articulou a prisão em flagrante da suspeita no dia 15 de setembro deste ano, após o religioso, orientado pelos policiais, dizer que faria o pagamento. A mulher, para não se expor, contratou um mototaxista para buscar o dinheiro na casa do religioso.
As investigações apontam que, ao chegar no local, o mototaxista foi surpreendido pelos policiais e informou que havia sido contratado pela mulher para buscar um documento que estaria com o padre. Os policiais acompanharam o mototaxista até o local de trabalho da mulher. Quando ela pegou o envelope, acreditando ser o dinheiro pago pelo padre, foi presa em flagrante. Ela confessou as ameaças e foi levada para a cadeia de Catanduva.
A mulher, no entanto, teve sua liberdade provisória com medidas cautelares concedidas pela Justiça, um dia após a prisão. Ela não pode manter contato com o padre e deve comparecer mensalmente ao Fórum, para informar suas atividades.
A mulher vai responder pelo crime de extorsão, que prevê pena de quatro a 10 anos de detenção.
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