A empresária Jessika Aldrey Germiniani, de 26 anos, passou por uma cirurgia de emergência após ter seu pulmão perfurado em uma sessão de acupuntura para aliviar dores no pescoço. O procedimento foi realizado na segunda-feira (11), em Sorriso, no norte do Mato Grosso.
A jovem foi a uma unidade de saúde horas depois, relatando estar com dor e falta de ar. Para o G1, Jessika contou que está usando um dreno no pulmão e segue sem previsão de alta.
“Fiquei apavorada quando o médico falou que eu precisava de uma cirurgia de emergência. Comecei chorar, entrei em choque. Tenho um filho de 5 anos, que hoje poderia estar sem mãe. O médico disse que ganhei uma nova vida”, disse.
A empresária contou que procurou uma massoterapeuta no início da semana, pois estava com dores no pescoço. Segundo a jovem, a profissional que atende em casa, insistiu para realizar uma sessão de acupuntura nas costas para adiantar o processo de recuperação.
“Eu senti muita dor na hora, mas ela falou que fazia parte do procedimento e me liberou para ir para casa. No mesmo momento comecei a sentir dor e falta de ar. Cheguei em casa tentei deitar, mas não conseguia e a falta de ar foi aumentando”, relatou a empresária.
A reportagem não conseguiu contato com a profissional responsável pelo procedimento.
Jessika então ligou para uma fisioterapeuta com quem já havia feito acupuntura algum tempo atrás, para tentar saber o que aconteceu.
“Ela sugeriu que poderia ter acontecido o mais improvável, que era ter perfurado meu pulmão, e pediu para eu procurar o hospital imediatamente. Também liguei para a massagista para perguntar quantos centímetros ela havia enfiado a agulha, mas ela não explicou direito, falou que era coisa da minha cabeça”, contou.
No hospital, Jessika fez um exame de tomografia, que apontou uma perfuração no pulmão O laudo apontou pneumotórax, descrito como “presença de ar entre as duas camadas da pleura (membrana fina, transparente, de duas camadas que reveste os pulmões e o interior da parede torácica), resultando em colapso parcial ou total do pulmão”. Dificuldade respiratória e dor torácica estão entre os sintomas.
“Fiquei apavorada. No momento em que saí da tomografia, vi o médico vindo na minha direção com uma expressão no rosto de que não daria boas notícias. Foi uma situação extremamente delicada. Ele [médico] disse que um dia a mais em casa teria sido fatal. Eu iria morrer em casa sem ninguém saber o que estava acontecendo”, disse Jessika ao G1.
A empresária deve ficar com um dreno até que todo o ar seja extraído e depois será acompanhada por uma fisioterapeuta.
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