A cuidadora de idosos de 43 anos que foi humilhada pela atendente de um asilo de Sorocaba (SP) ao enviar currículo, agora está vivendo uma nova realidade.
Cristiane Barros, que foi criticada por causa de erros de português nas mensagens que enviou para a instituição, recebeu diversas ofertas de emprego após a repercussão do caso, afirmou o G1.
O fato aconteceu na semana passada. Nos prints que viralizaram nas redes sociais, é possível ver que a atendente durante a conversa, passou a corrigir os erros da cuidadora.
“Seria bom você fazer um curso de português. Deve ser por isso que você não consegue uma vaga de trabalho”, disse.
A cuidadora disse ao G1 que já recebeu propostas de emprego em São Paulo e até no Rio de Janeiro. Além disso, ela conta que muitas pessoas também se ofereceram para ajudá-la a fazer um currículo novo e a dar dicas para que a cuidadora vá bem nas entrevistas.
“Deus sabe de tudo. Ele é maravilhoso e sabe o que faz. Sinto que fui escolhida por Ele e que Ele usou as pessoas ao meu redor para me mostrar que ainda existe bondade no mundo. Estou muito feliz e muito agradecida. Ainda estou analisando as propostas. Aceitei a ajuda de refazer o currículo”, afirma.
Entenda
Cristiane conta que decidiu mandar o currículo quando soube, por meio de um amigo, que a clínica estava em busca de novos funcionários. Mas ao enviar seus documentos, acabou sendo hostilizada pela funcionária.
“Eu me senti muito mal. É muito triste pensar que existem pessoas assim, principalmente trabalhando com idosos. Fiquei chateada, porque não sou uma pessoa do mal. Fiz o curso, estou procurando emprego e batalhando por isso. Eu errei, alguns deles foram o corretor e não consegui arrumar. Foi sem querer”, relata Cristiane.
Cristiane disse que pediu desculpas e tentou mandar novas mensagens, mas que seu número foi bloqueado pela clínica.
Ao G1, o asilo informou que não tinha conhecimento sobre o ocorrido, que “lamenta muito este tipo de conduta” e que não compactua com o comportamento da atendente. Afirmou também que vai apurar internamente o ocorrido, mas que já identificou que “nenhum dos empregados e funcionários foi emissor das mensagens”.
“Continuaremos as investigações internas e, caso algum prestador de serviços tenha realizado a conduta em nome da empresa, adotaremos as medidas corretivas necessárias”, diz a nota.
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