Recentemente, a apresentadora Eliana, de 51 anos, compartilhou que, em algumas ocasiões, opta por dormir em um quarto separado do marido, o diretor Adriano Ricco. Ela observou que casais mais jovens parecem lidar com essa prática de forma mais tranquila, enquanto os mais velhos demonstram algum receio. Entre risos, Eliana comentou que essa escolha a faz sentir-se “muito jovem”. Ela também mencionou que a maternidade e a chegada da menopausa contribuíram para episódios de insônia, trazendo à tona um tema importante nos relacionamentos atuais.
Para muitos, dormir em quartos separados pode parecer um afastamento, mas, segundo a psicóloga e sexóloga Laís Melquíades, essa escolha pode ser compreendida de outras formas. “Optar por quartos separados é uma decisão bem particular de cada casal e pode ser uma forma inteligente de cuidar da relação. Afinal, o bem-estar de cada um e uma boa noite de sono faz toda a diferença e impacta vários aspectos da vida a dois. Amar e ser amado é também saber respeitar as necessidades individuais” comenta.
Laís explica que a expectativa de que casais devem dormir juntos é uma norma social que pode não funcionar para todos. “Se ambos estão de acordo e se sentem bem assim, qual é o problema? Existem muitas formas de manter a intimidade, que não sejam só na cama durante a noite. Inclusive, é uma ótima chance de aumentar o repertório do casal”, destaca. A psicóloga aponta que a comunicação aberta entre os parceiros é essencial para que essa escolha seja positiva e respeitada por ambos.
O debate sobre dormir em camas separadas ainda é sensível e pouco discutido, especialmente no Brasil. “Para muitos casais, ter quartos separados pode parecer sinal de distância, falta de esforço ou até esfriamento no amor, mas isso não é necessariamente uma verdade! Para outros, essa pode ser justamente a solução que salva o casamento.” afirma Laís. E nesse grande dilema muitos casais ainda mantêm o hábito de dormir juntos por conta de uma expectativa social, sem questionar se é a melhor escolha para eles.
Outro ponto é que dormir em quartos separados pode ser uma saída para problemas práticos, como o ronco ou dificuldades para dormir. Para alguns, as vantagens podem incluir mais espaço e uma noite de sono tranquila, sem interrupções. “Percebo que casais se tornam mais vulneráveis quando suas necessidades básicas pessoais não estão sendo atendidas e dormir bem é uma delas”, pondera.
A psicóloga recomenda que casais que estejam considerando essa opção avaliem o que cada um valoriza na relação.“Tem casais que encontram maneiras de manter a intimidade fora do quarto – seja num jantar a dois, na maratona daquela série preferida no sofá, numa rede aconchegante, ou num passeio para relaxar. Esses momentos, além de agradáveis, ajudam a fortalecer o vínculo! Claro, para quem sente que precisa do contato físico diário, dormir juntinho pode ser fundamental. Se o problema for conforto, dá pra pensar em algumas soluções para deixar o sono mais tranquilo e manter o carinho presente!” explica.
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