Otto é um polvo diferente dos demais: enquanto todos os moluscos da cidade Sete Corais são marrons, ele tem um tentáculo de cada cor. Protagonista de O polvo das pernas coloridas, o animal marinho vai perceber que essa diferença no seu corpo traz habilidades capazes de solucionar problemas em momentos de raiva e tristeza, ou até em situações jamais vivenciadas.
A obra une vivências do mundo corporativo e conhecimentos sobre soft skills da empreendedora Rafaela Furlan com a experiência de Claudia Waldmann como educadora parental para transmitir às crianças conhecimentos essenciais acerca da inteligência emocional. A ideia do enredo nasceu quando Maria, filha de Rafaela e uma pequena devoradora de livros, pediu uma história inédita da mãe. Assim que a menina dormiu, naquela mesma noite o rascunho foi criado.
Com ilustrações de Jarbas Domingos, a narrativa guia os leitores por diversos contextos que exigem do protagonista capacidades sociais e emocionais, como a proximidade de um tubarão aparentemente maldoso, a frustração de ter um encontro desmarcado, os erros necessários no processo de aprendizado e os cuidados com um amigo ferido.
Só tinha fama de malvadão esse tubarão. Fazer amigos era o que ele mais queria. Otto ficou muito
orgulhoso de si e a amizade com Tuba então começaria! Descobriu que a perna amarela ativava a
coragem: um superpoder para enfrentar o medo e a insegurança! Você já precisou usar esse poder
nas suas andanças? (O polvo das pernas coloridas, p. 17)
No final do livro há uma surpresa, onde os pequenos são convidados a refletir sobre o conteúdo, em família ou com seus responsáveis. Além de associar cada cor a uma soft skill diferente, há um espaço para eles escreverem – ou falarem – sobre como utilizarão os “superpoderes” diante das situações do seu dia a dia.
Entre as habilidades ensinadas estão: o foco na solução, conhecida como mentalidade de crescimento; a coragem para vencer medos e inseguranças; a “mão no coração” para entender e organizar as emoções; a gentileza com os outros; a respiração para trazer calma em períodos de nervosismo e ansiedade; a empatia para enxergar e valorizar as pessoas ao redor; a perseverança para não desistir em momentos difíceis, além da inteligência que combina a emoção e a razão para direcionar ações.
“No mundo atual, é necessário que crianças desenvolvam habilidades sociais e de vida para estarem mais preparadas emocionalmente para enfrentar os desafios que terão pela frente”, afirma Claudia Waldmann. Rafaela Furlan complementa: “Se pudermos ajudar as crianças a enxergarem suas atitudes como superpoderes desde cedo, trazendo autoconhecimento e autoconfiança, suas jornadas na vida pessoal e profissional serão muito mais leves, equilibradas e assertivas”.
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