Há quem diga que a infância é esquecida, que nada daquele nosso passado importa. Será mesmo? Eu não sei você, mas eu tenho lembranças de momentos muito felizes e de outros bem tristes de quando era apenas uma criança. E esses acontecimentos ficaram marcados na minha memória.
Isso não é invenção. Aquelas lembranças que você tem meio borradas, mas que despertam sentimentos fortes, estão aí dentro em algum lugar.
O bebê na barriga da mãe escuta as vozes de quem fala com ele e as reconhece ao nascer – esse é o poder que, nós, adultos, temos com os pequenos, sejam nossos filhos, parentes próximos, cuidadores ou educadores.
As experiências boas ou ruins vão influenciar nosso comportamento ao longo da vida. Os traumas de infância afetam os relacionamentos na vida adulta e, o que nos ensinam na tenra idade, será o que nos molda no futuro. E nesse espaço de tempo os traumas podem marcar toda a existência.
Eventos traumáticos presenciados na juventude tem impacto na sua saúde mental, emocional e física. Muitas vezes, vão precisar de tempo, tratamento e ajuda psicológica para superar esses episódios.
O adulto é reflexo da criança que foi um dia, afinal, um trauma não fica só na infância, é carregado por longos anos, às vezes, permanece para sempre. Os efeitos devastadores deste impacto aparecem em forma de pesadelos, dificuldade para dormir, facilidade ou dificuldade para chorar, comportamentos agressivos, isolamento social, crises de pânico, falta de apetite, compulsão alimentar, medo intenso, entre outros.
Podemos livrar nossas crianças dos traumas? Nem sempre, mas podemos não os negligenciar e buscar ajuda de profissionais qualificados é fundamental nesse processo.
Se você se identificou com alguns desses problemas, procure auxílio de um profissional e não deixe que o presente se confunda com o passado.
Paula Toyneti Benalia
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