Depressão é um transtorno mental associado a inúmeros sentimentos de incapacidade, irritabilidade, pessimismo, isolamento social, perda de prazer, déficit cognitivo (memória e raciocínio ficam prejudicados), baixa autoestima e tristeza, que interferem na vida diária das pessoas,  afetando assim, a capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer,  e até de se socializar. Esse transtorno é caracterizado por sentimentos negativos e que podem persistir por pelo menos duas semanas ou até a vida inteira, causando prejuízos, quando não tratada da maneira correta. 

A depressão tem sido a principal causa de incapacidade em todo o mundo e estima-se que mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com esse transtorno, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).  A OPAS e a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam ainda, a importância da genética em algumas formas de depressão, apesar de indivíduos sem histórico familiar também apresentarem o transtorno. A gravidade, frequência e duração variam de acordo com cada pessoa e suas condições psíquicas. Só no Brasil, de acordo com a OMS, cerca de 5,8% da população sofre de depressão – um total de 11,5 milhões de casos.

O psicólogo, Jair Soares, explica que ao longo da vida, diversos eventos podem ser gatilhos para um episódio depressivo:  “Traumas na infância, perda de pessoas queridas, mudanças significativas na rotina, separação, uso de substâncias psicoativas e outros, podem ser um gatilho para se iniciar a  depressão. Por exemplo, durante a infância e adolescência muitas vezes se manifesta a partir de sintomas diferentes daqueles apresentados por adultos, por isso, uma mudança brusca de comportamento precisa ser avaliada.”

Como a depressão é tradicionalmente definida como um transtorno do humor, os médicos prescrevem antidepressivos para melhorar a disponibilidade da serotonina no sistema nervoso. De acordo com a pesquisa, um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados unidos, descreveu uma nova categoria de depressão, chamada – biótipo cognitivo – que afeta cerca de 27% dos pacientes com Transtorno Depressivo Maior (TDM), e relataram que medicamentos antidepressivos seriam menos eficazes, sendo que o objetivo é diagnosticar e tratar a condição de forma mais precisa.

Em geral, quanto mais deprimido alguém estiver, ou seja, quanto mais intensos forem os sintomas, maior a probabilidade de ter indicação médica para que o paciente seja tratado com antidepressivos. Para muitas pessoas, inclusive, recomenda-se o remédio combinado a uma terapia. “O medicamento, entretanto, nunca dá conta de tudo, é fundamental encontrar a raiz do problema, os gatilhos que traz a tristeza profunda, para que seja tratada de maneira eficaz e mais rápida possível.”, explica Jair Soares.

Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG)

Foi por vivenciar essa mesma frustração de ser portador de transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e depressão e de ter passado por vários tratamentos psicológicos  tendo que se submeter a medicamentos com efeitos colaterais sem prazo para acabar com seu sofrimento, que Jair Soares, professor e psicólogo, teve a iniciativa de estudar para desenvolver uma metodologia que ajudasse a todos que passam por situações como esta, a resolver os seus problemas emocionais de forma breve e mais efetiva. Ele desenvolveu uma terapia completamente diferente, a TRG – Terapia de Reprocessamento Generativo.

 “A terapia não é voltada para o autoconhecimento, mas sim para resultados que possam, de forma breve, transformar a vida de cada cliente que procura por uma solução, proporcionando resultados mais breves e efetivos, através do tratamento”, explica o especialista.   

Por meio dessa abordagem, vários casos foram tratados com sucesso. O reprocessamento realizado durante as sessões, explica Jair Soares, permite que o paciente reviva a cena traumática sem sentir o mesmo impacto emocional, resultando na superação dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida:

“Atendi um rapaz que aos 7 anos presenciou seu pai assassinar sua mãe a facadas. A partir daí ele desenvolveu o que chamamos de transtorno de ansiedade e pânico, e depressão, convivendo com essas dores emocionais durante 25 anos e à base de medicações. Durante as sessões, trabalhei com ele o reprocessamento, ao ponto dele conseguir enxergar a cena, lembrá-la e não sentir mais nada. O impacto de antes não existia mais e, em seguida, ele pôde livrar-se de todos os sintomas derivados do trauma que sofreu, levando uma vida livre de remédios e sem crises emocionais”, conta Jair Soares. 

Assim, o intuito da TRG é auxiliar o cliente a reprocessar e resolver seus problemas emocionais no menor tempo possível. Trata-se de uma terapia breve, geralmente com um número reduzido de sessões em comparação com a abordagem convencional, que pode levar entre 3, 4 ou 5 anos. A ênfase é dada à urgência de aliviar o sofrimento emocional (que causa depressão) do paciente, utilizando métodos terapêuticos eficazes. “Eu costumo dizer que quem tem dor, tem pressa!”, conclui o especialista.

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