Compreender as dificuldades da jornada como verdadeiras aberturas para o autoconhecimento é o convite que a mestre em Psicologia Juliana Bley faz aos leitores em Gestão da Travessia, lançamento da editora Almedina Brasil pelo selo Edições 70. A obra foi escrita para servir de mapa, bússola, remo e colete salva-vidas para aqueles que enfrentam grandes ondas e buscam ferramentas para lidar com transformações pessoais e profissionais. 

Avessa a definir uma fórmula universal sobre como encarar as mudanças na vida, a autora fornece embasamentos teóricos e práticos para formar “barqueiros da própria jornada”. Isso porque, segundo a psicóloga, cada pessoa trilha um caminho único que terá as próprias provações e recompensas. A partir de experiências como psicoterapeuta e vivências pessoais, Juliana mostra nas páginas do livro como a jornada do viver, apesar de sempre imprevisível, pode ser administrada com o conhecimento e as ferramentas certas. 

Algumas pessoas torcem o nariz quando trago a ideia de Gestão para pensar como sair dos nossos mergulhos ao fundo do poço, por se referir a algo muito racional e estratégico. Mas é justamente por isso que recorro a este termo. É unindo razão e emoção, espiritualidade e pés no chão, vontade, mente e coração abertos que a gente consegue criar condições favoráveis para que uma mudança promova crescimento do indivíduo. 
(Gestão da Travessia, p. 34) 

Com uma abordagem sistêmica e integral, que conecta mente, corpo, alma e o contexto coletivo, Juliana Bley incentiva a visualização do futuro com um olhar mais amplo para dentro e para o exterior, atento ao que está acontecendo em um mundo em constante transição. Segundo ela, este é o melhor caminho para amenizar e até mesmo eliminar o sofrimento que as mudanças podem gerar. 

Gestão da Travessia reúne reflexões poderosas sobre a importância de respeitar a ciclicidade da vida, abrir mão de certas conquistas, criar espaço para o novo, entender os tipos e níveis de luto gerados pelas perdas e como encontrar o caminho de volta quando o sentimento de se estar no fundo do poço é avassalador. A obra apresenta ainda recursos, estratégias e atitudes de autocuidado essenciais para encarar situações desafiadoras e momentos difíceis, fortalecendo a resiliência e habilidade de adaptação.

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