Você já se perguntou porque o mundo é tão violento? Por que existem tantas guerras? Qual a origem de tanta maldade? Evidente que a maldade e violência no mundo não são exclusividade da nossa época, desde o princípio foi assim. Logo nos primeiros capítulos da bíblia você verá Caim, filho de Adão, matando a pauladas o seu irmão de primeiro grau, Abel. Durante praticamente todo o Antigo Testamento nós veremos os hebreus, conhecidos como “o povo de Deus” em guerra contra os seus inimigos, e muito sangue derramado. O mundo desde que é mundo é conflitante e violento.
No mundo atual se prega tanto o consumo, o lucro desregrado e esquece o principal que é ser feliz, desde os primórdios o ser humano luta incansavelmente pela felicidade seja em um emprego bem remunerado, ou um grande amor ou então um sucesso na vida profissional que lhe traga destaque na sociedade gerando status social.
Entretanto a felicidade é um termo difícil de ser decifrado, pois é muito subjetivo, não é uma meta que se consegue no cotidiano, é uma busca incessante que não sabemos quando e onde chegará, pois está na síntese, nas suas raízes históricas e na conjuntura de vida que se faz a cada período de tempo na contagem dos anos e séculos.
“Tanto tempo se passou, e quase nada mudou. Quando olhamos pela janela da nossa casa o que vemos é guerra e violência. E eu não estou falando somente das guerras intermináveis no oriente médio que você vê no jornal. Nem tampouco da mais nova guerra entre Rússia e Ucrânia, que até hoje ainda não entendemos muito bem os verdadeiros motivos, mas que por pouco não se transforma em uma terceira guerra mundial. O meu pensamento é mais simples, e interfere direto em nosso dia a dia, eu estou falando da violência que você encontra quando sai da sua casa para ir ao trabalho, para escola ou até mesmo para a igreja. Nós estamos completamente vulneráveis à uma guerra e não temos por onde escapar”, comenta o Rodrigo Moraes, bacharel em Teologia.
Segundo o teólogo, o problema é que nós não sabemos muito bem o que é que nos falta, nós só sabemos que falta. Então nós começamos a olhar para as pessoas que estão ao nosso redor e tentar encontrar nelas aquilo que falta em nós, e isso é a cobiça. A partir daí passamos a observar as pessoas que parecem feliz, realizadas, plena, bem-sucedida e pensamos: “Se eu for como ela, ir aos mesmos lugares, morar no mesmo bairro, usar as mesmas roupas, trabalhar no mesmo lugar, então eu serei feliz como ela é”. Nós temos uma fome que a gente não sabe do que é, mas parece que algumas pessoas mataram essa fome, e por isso eu cobiço.
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