A tecnologia já vem desde o nascimento, agora os pais aprendem com os filhos.
O ser humano tornou-se tecnológico, mas também se destaca por ser criador e consumidor. Com a tecnologia avançando cada vez mais rápido, a maneira de adquirir aprendizado e o conhecimento vem mudando. Os filhos já nascem com uma predisposição a aprender ou se familiarizar com tecnologias que hoje em dia são comuns como, smartphones, tablets, aplicativos, jogos e computadores.
A Coach Familiar Valéria Ribeiro, explica que “vivemos num mundo onde tudo é tecnológico, de entregas rápidas, de soluções imediatas, onde as relações são virtuais e não mais pessoais. Neste mundo não há espaço para a espera e para o amadurecimento”.
Os pais, em sua maioria, já não possuem essa familiaridade ou até mesmo não faz falta na rotina. Preferem utilizar o telefone ou o celular com funções básicas. Entretanto, como as novidades vão se incorporando as tarefas do dia a dia, os pais necessitam aprender a utilizá-las e por isso, recorrem aos filhos que estão habituados desde pequenos a utilizarem equipamentos ou aparelhos eletrônicos e as últimas novidades.
Neste ponto, os filhos passam a ensinar os pais, papel contrário do que estamos acostumados onde por imitação os filhos aprendem lições, comportamento e hábitos diários. Os pais tendem a ter comportamentos e hábitos mais tradicionais e podem vi a possuir uma barreira de aprendizado por não nascerem em meio a tecnologia.
Inversão dos papeis
Entretanto, essa inversão de papeis, neste contexto, pode ser uma estratégia para os pais se aproximarem dos filhos, afinal a grande maioria dos adolescentes e jovens adoram a tecnologia e vivem sem ela. Pedir ajuda aos filhos para aprenderem como funciona um celular ou determinado aplicativo pode melhorar a autoestima dele.
É certo que por vezes eles não terão muita paciência para ensinar os pais, farão de forma rápida e dirão “pronto é assim”, é claro que precisão nesta hora um pouco de jogo de cintura, fazer algumas piadas, tais como: “tenha paciência, sua mãe ou pai está velhinho (a), faz um pouco mais devagar para que eu possa entender”. Ou mesmo os pais podem dizer que em relação a tecnologia eles são mais inteligentes, tem mais conhecimento e isso não é demérito para nenhum pai ou mãe. Isso pode ajudar ao filho querer aprender mais, pois saber algo mais que os pais é tudo de bom e os pais ainda reconhecerem não tem preço.
Porém, os pais, apesar deste ponto positivo, precisam estar atentos ao uso excessivo da tecnologia, pois pode causar problemas em jovens que são rodeados a todo momento e que precisam de eletrônicos para completar tarefas diárias ou até mesmo para interagir.
Valeria Ribeiro é Coach Familiar, especializada em Psicologia e Desenvolvimento Humano de São José dos Campos (SP) e Fundadora do Filhosofia. http://filhosofia.com.br/
CONTINUE LENDO →