Liberdade, Escolhas e Limites é um Post que trata de uma questão que anda confusa, principalmente na cabeça dos mais jovens. O conceito de liberdade sempre esteve ligado à ideia do livre-arbítrio, ou seja, o poder de decidir sobre o próprio destino.
Contudo, por mais que a raiz desta concepção permaneça a mesma desde a Grécia Antiga, houve uma grande mudança de lá pra cá. “Hoje a liberdade é entendida na esfera individual e não coletiva, ou seja: lança-se o olhar para o indivíduo e não mais para o homem inserido na sociedade”, explica a filósofa e professora Adriana Maamari. “Com isso, ao invés de liberdade, no singular, passamos a ter liberdades no plural, pois cada indivíduo teria direito a expressá-la”, completa.
Limites estariam entre a possibilidade e a impossibilidade: eis um conflito! Para escolher, preciso de possibilidades, favoráveis ou não, o que de fato pesarão nesta decisão. Aqui vemos uma liberdade que está diante de possibilidades de escolha, mas que detém um limite: eu só posso escolher A e tenho que me responsabilizar pela escolha de A. Naquele momento, A pode ter se tornado a possibilidade para o indivíduo e a escolha de B, uma impossibilidade.
Reflexões
1) De acordo com a filosofia, a liberdade é a independência, autonomia e espontaneidade do ser humano. E a famosa frase “A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro.”, atribuída por muitas pessoas ao filósofo inglês Herbert Spencer, indica que a verdadeira liberdade respeita o próximo, e o seus direitos.
2) Liberdade e libertinagem são dois conceitos relacionados e que muitas pessoas confundem. Os dois são fulcrais no processo de tomada de decisão do ser humano, e revelam atitudes diferentes dos indivíduos. A liberdade consiste no direito de se movimentar livremente, de se comportar segundo a sua própria vontade, partindo do princípio que esse comportamento não influencia negativamente outra pessoa.
Por outro lado, a libertinagem é fruto de um uso errado da liberdade, porque demonstra irresponsabilidade, que pode prejudicar não só a própria pessoa, mas outras pessoas também. Quem age com libertinagem, revela não se importar com as consequências que o seu comportamento pode ter. Em muitos casos, a libertinagem é traduzida por uma ausência de regras. Saiba +++ .
3) O limite ao qual gostaríamos de salientar aqui é o limite que envolve a liberdade do ser humano. Mas existe liberdade limitada? Não. Apenas liberdade que perdura a consciência da responsabilidade advinda das escolhas. Eu escolho o que quiser para mim! Viver, dançar, sobreviver, morrer! Tudo isso pode ser escolhido, porém as consequências destas escolhas podem não ser responsabilizadas. O limite estaria entre a possibilidade e a impossibilidade: eis um conflito! Para escolher, preciso de possibilidades, favoráveis ou não, o que de fato pesarão nesta decisão. Aqui vemos uma liberdade que está diante de possibilidades de escolha. Saiba +++ .
4) Hoje, a busca pela liberdade é um caminho para a felicidade, mesmo que fugaz e temporária. “Há uma ideia de que ser livre é poder agir para desfrutar de um prazer imediato. Isso se traduz no aparecimento de relações menos estáveis, tanto profissionais quanto pessoais”, acredita a antropóloga e professora Sonia Maria Giacomini. Rogério da Costa Santos, professor e doutor em história da filosofia, concorda que ser livre atualmente também significa poder desfrutar dos prazeres da vida e do corpo. “Isso era impensável nos primeiros anos do cristianismo, em que a liberdade estava associada à superação das tentações da carne e do corpo pecador”, afirma. Saiba +++ .
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