O mundo profissional é repleto de desafios e oportunidades, para mulheres e para homens. Nesta semana das mulheres, muitas de nós pudemos ouvir depoimentos em distintos formatos – webinars, programas de rádio e TV, mídias sociais, lives. Ouvir, aprender e refletir.
Uma sociedade precisa de diversidade para evoluir. Diversidade significa amplitude de pensamento, que fortalece escolhas. E hoje falaremos de escolhas.
Sim, o mercado de trabalho ainda traz muitas distorções quando o tema é diversidade. Mas colocando em perspectiva, me lembro de uma conversa com a minha avó, onde ela me disse “o mundo em que eu vivi, e o que você vive é muito diferente, parece outro mundo”.
E ela tem razão, avançamos muito e ainda precisamos de mais avanços. Mas estes têm que vir de nossas escolhas e elas estão acontecendo.
Uma recente pesquisa da McKinsey revelou as distorções, mas também tratou das escolhas das mulheres. E esse fato é interessante:
- muitas mulheres estão considerando reduzir o ritmo ou deixar a força de trabalho,
- 29% das mulheres – e 22% dos homens – pensaram em reduzir suas horas de trabalho, aceitar um emprego menos exigente ou deixar o mercado de trabalho, embora muito menos tenham realmente tomado essas medidas,
- 49% das mulheres líderes dizem que a flexibilidade é uma das três principais coisas que consideram ao decidir entrar ou permanecer em uma empresa, em comparação com 34% dos homens líderes,
- 43% das mulheres líderes estão esgotadas, em comparação com apenas 31% dos homens em seu nível.
Parece que de fato as mulheres estão escolhendo mudar. O burnout entre as mulheres é real, não é fácil gerenciar todos os papéis.
Escolhas são importantes no mercado de trabalho – e na vida.
Muito se fala das escolhas profissionais e que o lugar da mulher é onde ela gostaria de estar – e é sim. Mas pouco se fala sobre as escolhas que a mulher deve fazer em sua vida pessoal, para que sua vida profissional seja ampla e possível.
Hoje é exatamente esse ponto que a gente quer trazer à tona:
- sua profissão exige um número considerável de viagens, e você tem filhos. Não adiantará ser uma mulher incrível no trabalho, e ter um companheiro que não suporte essa forma de viver.
- você seja médica, não pode sair da do centro cirúrgico, alguém tem que buscar seus filhos na escola, seu companheiro tem que ser capaz de executar o que deve ser executado.
- naquele dia você trabalhou muito, pegou ônibus lotado, chegou extremamente cansada, está naturalmente sem paciência. Seu companheiro pode perfeitamente lhe dizer “pode ir dormir que hoje eu lido sozinho com a situação em casa”,
- seu filho recém-nascido te deixa muitas noites sem dormir, seu companheiro pode e deve alternar noites em claro com você.
Dividir a vida com alguém que a incentive, e obviamente você a ele, é uma escolha. E talvez essa seja a escolha mais importante para a sua vida. Nunca deseje mudar uma pessoa, observe todas as atitudes de seu companheiro antes do casamento – para isso serve o namoro, e antes de ter filhos, e se algo não lhe agrada, escolha você, e depois uma outra pessoa.
Essa escolha tem que ser consciente, porque somente essa consciência lhe dará força para viver como uma plena mulher na vida pessoal e profissional.
Faça escolhas e vamos em frente sempre!
McKinsey – Women in the Workplace 2022 Research
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