Ao receber uma notícia não desejada, na empresa ou na vida pessoal, quanto tempo você leva para recuperar-se e retomar o rumo? Manter a cabeça erguida e dar continuidade aos planos, e a seu caminho, muitas vezes não é tarefa fácil. Mas a ciência pode ajudar você a entender e a minimizar a angústia.
Pela própria natureza humana, cada indivíduo tem seu tempo. Há quem leve dias, anos e até 15 minutos para recuperar-se. Mulheres, em período da TPM, tendem a ter esse processo potencializado e dificultado devido a avalanche hormonal. Somos plenas, mas somos complexas.
Se na vida pessoal temos mais tempo, na vida corporativa ou empreendedora, é exigido que mudemos, aceitemos e nos adaptemos mais rapidamente. Mas como? As necessidades prementes, mas somos humanos, levamos tempo, o nosso tempo.
A curva de mudança Kübler-Ross
Se o mundo dos negócios exige velocidade, quanto mais tornamos consciente o processo de aceitação, mais rápido conseguimos agir nos pontos que nos causam preocupação.
Os estudos da Dra. Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra suíça, produziram a curva da mudança, conhecida também como mourning curve (curva de luto), e ela representa o caminho para o enfrentamento de qualquer mudança, sendo composta por estágios que são como mecanismos de defesa. As etapas não são lineares, mas ajudam a reconhecer algumas reações.
Reconhecendo seu estágio
A curva de mudança é representada pelas letras DABDA e pelos seguintes estágios:
D – Negação (denial): geralmente é de curta duração e pode provocar uma queda na produtividade. Permanecer no estado de negação por muito tempo pode levar a perda do contato com a realidade.
A – Raiva (anger): a pessoa entende a gravidade da situação, e pode ficar com raiva e procurar alguém para culpar. Irritação, frustração e mau humor são características deste estágio.
B – Barganha (bargaining): começa-se a buscar e descobrir o que resta de melhor. Quando o trauma não é fatal, a pessoa tende a negociar e chegar a um acordo, por um desfecho menos traumático.
D – Depressão (depression): estágio da tristeza, medo, arrependimento, culpa, indiferença, reclusão, afastamento, zero entusiasmo, desistência e outras emoções negativas. Ou ainda, baixa energia, sentir-se desmotivado, perder a confiança em Deus etc.
A – Aceitação (acceptance): percepção de que lutar contra a mudança não fará com que a dor desapareça, resignação e aceitação completa. Pode não ser um estágio feliz, mas a pessoa pode parar de resistir à mudança e seguir em frente.
E quando aprendemos, nos tornamos fortes
Analisar em que estágio você se encontra, ou um membro de sua equipe, trará benefícios no trabalho certamente, e aprimorará sua evolução enquanto pessoa. E com o passar do tempo, o exercício de conscientização ajudará a diminuir o sofrimento, formando o melhor pensamento crítico e trazendo mais celeridade a aceitação da mudança.
Essa certamente é uma daquelas várias coisas fáceis de falar, e difíceis de fazer. Estamos juntos nessa. Mas vamos juntos, que juntos somos melhores, mais fortes e superamos as dificuldades.
E para terminar, aqui cabe a frase famosa e de autor desconhecido “Dá-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não pode e não deve ser mudado. Dá-me força para mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima de tudo, dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da outra”.
Como sempre vou adorar receber seu comentário aqui ou no inbox nas redes sociais para @glaumaurano.
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