Com a chegada de dezembro, a sensação de peso emocional, cansaço mental e balanço interno ganha força. É o momento em que o cérebro tenta processar tudo o que foi vivido — e, muitas vezes, não consegue virar a página sozinho. Para ajudar mulheres que chegam exaustas ao fim do ano, Daiana Petry, aromaterapeuta, naturóloga e especialista em neurociência, apresenta um ritual olfativo de apenas 7 minutos capaz de enviar ao cérebro a sensação concreta de encerramento, reorganizando memórias e abrindo espaço para um novo ciclo.

“O fim de um ciclo não acontece no calendário — acontece no cérebro. E aromas são atalhos neurológicos impressionantemente rápidos para ativar essa sensação interna de conclusão”, explica Daiana.
 

O ritual de 7 minutos para encerrar ciclos

Segundo a especialista, o ritual acessa regiões profundas do sistema límbico, responsável por memória emocional, tomada de decisão e comportamentos automáticos.

1. Escolha um aroma de “liberação”

Lavanda, eucalipto glóbulos ou pimenta-rosa.
Esses aromas atuam na amígdala — centro do medo, da ansiedade e do apego emocional.

2. Inspire por 4 segundos, segure por 2 e solte por 6

A respiração alongada desacelera o sistema nervoso e reduz a hiperatividade da amígdala, facilitando o desapego.

3. Enquanto respira, repita mentalmente:

“Isso não é mais meu.”

Para Daiana, essa frase funciona como um comando cognitivo que, associado ao aroma, ajuda o cérebro a “soltar” experiências presas ou emoções acumuladas.

4. Escolha agora um aroma de “começo”

Bergamota ou alecrim — óleos que ativam áreas relacionadas à motivação, clareza e planejamento.

5. Inspire de olhos fechados e visualize a próxima versão de você

Aqui, o aroma funciona como marcador emocional para o novo ciclo que se inicia.

“Em menos de 7 minutos, é possível desativar uma rede neural e ativa outra. Isso muda a sensação interna de estagnação e cria, literalmente, um novo caminho para o cérebro seguir”, explica a neurocientista.

Por que aromas funcionam tão bem para encerrar ciclos?

Diferente de outros sentidos, Daiana explica que o olfato é o único que acessa diretamente o sistema límbico — área responsável por, emoções, memórias, impulsos, decisões e vínculos afetivos. Por isso, são capazes de modular o cérebro sem esforço consciente já que ajudam a reorganizar memórias, suavizar emoções intensas, desligar estados de alerta, reduzir a sensação de sobrecarga, abrir espaço para novas decisões e fortalecer o autocontrole emocional

“Encerrar algo é um ato neurológico. Você desliga um padrão e liga outro. Quando associamos esse processo a um aroma, ele se torna mais rápido, mais profundo e mais duradouro”, afirma Daiana que completa: “O que muda não é o ano. É o estado interno.
E, às vezes, tudo o que o cérebro precisa para se renovar é um cheiro que abre espaço para a próxima versão de você”, finaliza.

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