Existe um tipo de prazer silencioso em estar só. A solidão, quando não vem acompanhada de vazio, pode ser um dos estados mais libertadores da vida. Há momentos em que a melhor companhia é a nossa própria. E são justamente nesses instantes — quando o mundo desacelera — que descobrimos o que realmente gostamos de fazer.

Toda mulher tem aquelas pequenas manias que só fazem sentido para ela. Cozinhar ouvindo música alta. Dançar na sala sem plateia. Passar horas arrumando o guarda-roupa só para sentir a satisfação de ver tudo no lugar. Ver um filme antigo e chorar nas mesmas cenas de sempre. Ou simplesmente ficar em silêncio, tomando café e observando o dia passar pela janela.

Essas coisas simples, que parecem sem importância, são na verdade momentos de reconexão. É ali que a mente desacelera, o corpo relaxa e a alma respira. Fazer algo sozinha, sem se preocupar com o que os outros pensam, é uma forma de lembrar que você basta.

Há quem ache estranho almoçar sozinha num restaurante, ir ao cinema sem companhia ou viajar por conta própria. Mas quem já experimentou sabe o quanto isso fortalece. O silêncio deixa de ser desconforto e vira presença. A ausência de companhia vira espaço para se escutar.

Estar só não é o mesmo que estar solitária. É estar inteira. E quando a gente se permite viver esses momentos sem precisar de aprovação ou companhia, descobre que o prazer de estar consigo mesma é uma das experiências mais maduras e bonitas da vida.

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