A maternidade contemporânea é marcada por múltiplas jornadas e altos níveis de exigência e performance, o que leva as mães ao adoecimento. Em Cuide-se Pra Cuidar, publicação da Hanoi Editora, a analista de Perfil Comportamental e de Percepção Infantil Laura Schwengber convida este público a refletir sobre a importância do autocuidado como imperativo para a saúde mental.
Mãe de quatro filhos, a especialista questiona crenças e papéis de gênero atribuídos às mulheres na maternidade e encoraja o público feminino a nadar contra a maré de pressões. O objetivo é estabelecer diálogos honestos e respeitosos sobre os desafios enfrentados no dia a dia para reduzir o sofrimento.
O livro reúne, além da experiência da autora, dicas práticas para ativar a “farmácia interna” que cada uma possui. Esse processo de cura acontece com a liberação de hormônios produzidos naturalmente pelo organismo para regular positivamente os sentimentos.
Eu só consegui acolher o choro dos meus filhos com mais consciência, por exemplo, e lidar melhor com ele quando consegui acolher o meu próprio choro, a minha própria frustração, sabe? Da mesma forma que só consegui compreender a limitação dos meus filhos (…) e ter mais paciência para lidar com os erros deles quando comecei a exercitar a compaixão por mim mesma. (Cuide-se Pra Cuidar, p. 13)
O exercício de autoperdão é um dos primeiros tópicos abordados por Laura, porque compreender-se, acolher-se e perdoar-se são atitudes essenciais na jornada da maternidade. Com escrita sensível e feeling da formação como jornalista, a autora expõe sabotadores e aborda a importância de mudar a mentalidade diante dos desafios.
Ao longo dos capítulos, ela toca em pontos sensíveis como sobrecarga, autorresponsabilidade, relacionamento, vida profissional e família. Laura Schwengber ainda ajuda mulheres a deixarem o cotidiano mais leve e a transformarem suas difíceis e cansativas rotinas.
Cuide-se Pra Cuidar tem uma importante mensagem às mães: a maternidade não é uma corrida para ver quem alcança mais rápido a linha de chegada. Tampouco é um cabo de guerra entre quem se doa ao extremo e abre mão de si mesma em nome dos filhos e quem segue a vida quase como se nada tivesse acontecido após o nascimento deles. A obra ensina que é preciso encarar essa incrível missão sem pretensão de se tornar uma super-heroína.
CONTINUE LENDO →