Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Harvard (EUA), da Universidade Justus Liebig Giessen (Alemanha) e da Universidade de Massachusetts (EUA) mostrou que a meditação pode literalmente mudar o cérebro para melhor.

Metodologia

Em 2011, os pesquisadores estudaram como o cérebro de participantes podia ser modificado pela meditação.

16 pessoas que nunca haviam meditado antes foram convidadas a participar de um programa de redução de estresse baseado em mindfulness, uma prática que foca no tempo presente, no qual meditaram por 27 minutos por dia durante oito semanas.

Os cientistas fizeram imagens de ressonância magnética do cérebro de todos esses participantes duas semanas antes e duas semanas depois do programa, comparando-as com imagens do cérebro de 17 indivíduos que nunca meditaram de um grupo de controle.

Resultados

As imagens da estrutura cerebral do grupo que meditou, comparado ao que não meditou, revelou maior densidade de matéria cinzenta no hipocampo, e menor densidade de matéria cinzenta na amígdala.

Esses resultados são muito interessantes porque o hipocampo é uma área do cérebro associada com a introspecção, o aprendizado e a memória, enquanto a amígdala (que regula o comportamento sexual, o comportamento agressivo, respostas emocionais e a reatividade a estímulos biologicamente relevantes) interage com o sistema de “luta ou fuga” do organismo.

Mais vantagens

Esse não é o primeiro estudo que aponta benefícios da meditação – outras pesquisas já sugeriram que ela pode reduzir a pressão sanguínea e sintomas de ansiedade, depressão e insônia.

Além disso, um outro estudo realizado pela mesma equipe americana e alemã descobriu que pessoas de 50 anos que meditam têm a mesma quantidade de matéria cinzenta no cérebro que pessoas de 25 anos.

Vale a pena tentar, não é mesmo?

Um artigo sobre o novo estudo foi publicado na revista científica Psychiatry Research: Neuroimaging. [Inverse]


Fonte: Hypescience

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