Cirurgia plástica, com uso de próteses ou não, contribui para que a vida da mulher tenha o mínimo de alteração possível após o tratamento.
As mulheres que reconstroem as mamas depois de um câncer ganham a autoestima de volta e a sensação de que a fase ruim passou e tudo segue normalmente. Com os contornos e a harmonia do corpo que sempre tiveram, as pacientes levam sua vida com o mínimo de alteração possível após o tratamento, tanto no sentido estético e social quanto no âmbito sexual e emocional.
De acordo com o cirurgião plástico Dr. Eduardo Lintz, todas as técnicas de reconstrução de mama, total ou parcial, com uso de próteses ou não, beneficiam a mulher. “A intenção é que as pacientes sintam-se bonitas e bem com sua imagem e percebam que podem seguir com suas vidas e relacionamentos com naturalidade após o fim do tratamento”, observa o médico.
A prótese não causa nenhum problema de saúde. Segundo o especialista, próteses de boas marcas, confiáveis e com registro em dia não oferecem risco às pacientes e não ampliam a incidência de retorno da doença (recidiva). “Não há aumento do risco de câncer para pacientes que possuem silicone para avolumar esteticamente as mamas”, garante o cirurgião plástico.
Tratamentos indicados para diagnóstico de câncer de mama
O tratamento do câncer de mama é bastante individualizado. De acordo com Dra. Maria Carolina Coutinho, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, cada caso pode ter uma abordagem completamente diferente do outro. Em linhas gerais, os principais tratamentos são:
Cirurgia da mama (mastectomia ou conservadora)
Quase sempre indicada, a técnica e a extensão da cirurgia vão depender do tamanho do tumor, de sua localização na mama, do tamanho da mama, do estágio da doença.
Quimioterapia;
Radioterapia;
Hormonioterapia: indicada para pacientes com tumores que possuem receptores para o hormônio estrógeno. Sua função é tentar prevenir recidivas.
Imunoterapia: indicada para pacientes com tumores que possuem receptores chamados HER2. Esse receptor é muito estudado nos dias atuais e há drogas que agem diretamente no seu bloqueio.
Principais causas do câncer de mama:
Como todo tipo de câncer, é uma doença que não apresenta uma única causa. No entanto, alguns fatores de risco são observados para a doença:
- menarca (primeira menstruação) precoce e menopausa tardia;
- ausência de gestações;
- ausência de amamentação;
- obesidade;
- sedentarismo;
- tabagismo e consumo de álcool;
- alimentação industrializada e com excesso de gordura;
- estilo de vida muito estressante;
- 5% de incidência provocadas pela genética (por exemplo, caso da atriz Angelina Jolie)
Idade para iniciar o autoexame e mamografia
O autoexame deve ser feito a partir da primeira menstruação. Maria Carolina ressalta que há muitas doenças benignas das mamas em que surgem nódulos e cistos, principalmente durante o período menstrual, gravidez e amamentação. Por isso o aparecimento de um nódulo não deve causar pânico. Nesse caso, a mulher deve consultar um ginecologista ou mastologista.
A mamografia está indicada após os 40 anos de idade. Antes disso o exame de rastreamento é o ultrassom de mamas, e deve ser feito anualmente junto com os preventivos do ginecologista (papanicolau). Em mulheres com parentes de primeiro grau que tiveram câncer de mama (mãe ou irmã), a primeira mamografia deve ser feita aos 35 anos.
Dr. Eduardo Lintz é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Sociedade Americana de Cirurgia Plástica; professor assistente do Instituto Pitanguy e chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital do Coração- SP.
Dra. Maria Carolina Coutinho é membro Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras – Regional SP; Médica Cirurgiã Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica e Reparadora do Hospital Perola Byington e assistente da Clínica Eduardo Lintz. www.clinicalintz.com.br
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